Com o fim da Era Glacial, o clima tornou-se mais ameno e o solo, mais fértil. Grupos nômades começaram a construir cabanas junto a rios e a lagos, onde pescavam, abasteciam-se de água, caçavam e coletavam cereais silvestres.
Alguns desses grãos acidentalmente caiam no solo, muito provavelmente alguém percebeu que os mesmos depois de um certo tempo germinavam.
As evidências encontradas indicam que o domínio da agricultura ocorreu de forma independente em diferentes lugares do mundo. Isso provocou uma grande transformação na vida dessas populações a ponto de ser chamado de Revolução Agrícola. Acredita-se também que foi nesse período que as comunidades tenham começado a desenvolver a técnica da cerâmica endurecendo o barro no fogo
Com o desenvolvimento da agricultura, os seres humanos passaram a elaborar melhor instrumentos e utensílios e pedra. Essa mudança, à qual se acrescentou mais tarde a utilização dos metais, levou os cientistas a dividir a chamada Pré-história em três períodos:
1) Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada
2) Neolítico ou Nova Idade da Pedra
3) Idade dos Metais
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PINTURA RUPESTRE |
Vejamos cada um desses períodos:
O Paleolítico é datado do surgimento dos primeiros seres humanos até 8.000 a.C. caracterizados por instrumentos rústicos, não polidos.
Os grupos humanos desse período eram nômades. O domínio da produção do fogo, que ocorreu há cerca de 500 mil anos, mudou completamente a vida desses grupos.
Também são desse período as primeiras pinturas rupestres, registros feitos em rochas ao ar livre e nas paredes das cavernas. É provável que essas pinturas tenham sido utilizadas como um tipo de linguagem que auxiliava a comunicação entre os diferentes grupos humanos. No entanto outros estudiosos dizem que tinham caráter ritual com o intuito de garantir uma boa caçada.
Já o Neolítico datado de 8000 a.C. a 5000 a.C. possui como principais características instrumentos de pedra polida, agricultura e sedentarizarão.
Quase que ao mesmo tempo que o domínio da agricultura, houve a domesticação de animais como cabras, ovelhas, cães, porcos, cavalos, bois – que passaram a ser utilizados como meio de transporte, como fonte de leite, lã, além da carne para alimentação.
Em muitos lugares, a vida sedentária e o cultivo do solo levaram ao crescimento demográfico e a formação de aglomerações humanas. Pouco a pouco essas aglomerações se transformaram nas primeiras vilas e cidades.
Com o tempo, as aldeias foram cercadas com muros de proteção. Observando a natureza, seus habitantes começaram a desenvolver novas tecnologias. O resultado desse esforço gradual culminou na invenção da roda, do arado de tração animal, do barro a vela e na fundição de metais por volta de 5.000 a.C.
O crescimento das aldeias deu origem as primeiras cidades. Um dos resultados desse processo foi o surgimento, há cerca de 10 mil anos, dos primeiros núcleos urbanos que também surgiram em todo crescente fértil, na Índia e na China. Dentre os núcleos mais antigos podemos citar Jericó (11 mil anos), na Palestina e Çatal huyuk (10 mil anos) na Turquia.
Por sua vez, a Idade dos Metais corresponde de 5.000 a.C. à invenção da escrita. Nesse período os instrumentos de pedra foram substituídos aos poucos pelo metal: o cobre foi o primeiro metal a ser explorado (5.000 a.C.), seguido do bronze, resultado da mistura do cobre com o estanho (3.000 a.C.) e mais tarde o ferro (1.500 a.C.).
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