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E.U.A: EUFORIA, CRISE E RECUPERAÇÃO

OS RESULTADOS DA PRIMEIRA GUERRA


Apesar de também ter sofrido com um significativo número de baixas e gastar aproximadamente 36 bilhões de dólares, os EUA tiveram suas compensações. No ano posterior à guerra, o país triplicou suas exportações em comparação ao ano de 1913 e a renda nacional atingiu um valor duas vezes maior. Ao mesmo tempo, outras nações que não se envolveram diretamente no confronto também ganharam com a Primeira Guerra.

Os países não industrializados ampliaram as exportações de gêneros agrícolas e matéria-prima. Além disso, a retração econômica europeia serviu para que algumas dessas nações – como o Brasil – pudessem ampliar suas atividades industriais substituindo internamente os mercados outrora controlados pelas nações europeias. No Oriente, o Japão lucrou com o domínio sobre os mercados do Pacífico e no incremento de sua produção de algodão e aço. 
  
No plano político, a Europa começou a sofrer uma verdadeira crise de valores. Em meio às desilusões de um continente destruído, as tendências comunistas e fascistas começaram a atrair boa parte da população. Ao mesmo tempo, tendo caráter extremamente punitivo, os tratados que deram fim à Primeira Guerra incitaram um sentimento de ódio e revanche que, algumas décadas mais tarde, prepararam o palco de uma nova guerra.


ANOS VIBRANTES

Por volta de 1923, os Estados Unidos começaram a experimentar um período de grande prosperidade e desenvolvimento, também conhecido como os loucos anos 20, ou os anos felizes, suportado pela grande expansão do capitalismo, pelo enorme aumento da produção industrial (mais de metade, chegando a 64 %), pelo alargamento dos mercados aliados aos elementos de crédito necessários e á publicidade, pelo consumo e produção de massa, grande poder de compra, os novos métodos de racionalização do trabalho, entre outros.

Com toda esta expansão económica foi possível promover a investigação de modo a criar novas invenções que pudessem melhorar a qualidade de vida dos americanos. Assim, com o recurso ao crédito sustentado pela expansão do capitalismo, os americanos compravam tudo o que considerassem que lhes era essencial para manter um nível de vida mais elevado. Dizia-se também na altura que "consumir era um ato de patriotismo pois ajudava os EUA a crescer ainda mais".


Surgiram assim inúmeras inovações a vários níveis como por exemplo: o automóvel, dando um maior destaque ao modelo Ford T; vários eletrodomésticos como o fogão e o aspirador; o cinema, e a importância de Hollywood, destacando figuras como Charlie Chaplin e Rodolfo Valentino; a música, essencialmente o jazz; a moda e grandes estilistas.

MODELO FORD T

Criava-se assim uma ligação mútua entre estes aspectos sociais e culturais da vida urbana e o progresso económico financeiro, em que a prosperidade e crescimento de um implicava consequentemente a promoção do outro.

É importante também destacar a figura da mulher que nesta época lutava por uma posição na sociedade, bem como por mais liberdade, ficando este período conhecido pelo da emancipação da mulher.



QUEBRA DA BOLSA DE VALORES DE NOVA YORK

Os principais fatores que levaram ao “Crash” foram resultado da própria euforia econômica. O aumento no consumo fez com que indústrias também aumentassem suas produções, no entanto em determinado momento já não havia mais mercado para uma produção tão extensa o que fez com que inúmeras industrias começassem a falir por não conseguirem vender suas produções.

Outro fator da grande crise foi a superprodução agrícola. O mercado agrícola tal como das indústrias, acompanhando o crescimento do consumo passou a produzir mais do que o mercado tinha capacidade de absorver. Principalmente a produção do trigo foi afetada pelo momento de retração do mercado.

A quebra da bolsa foi o auge da crise. Enquanto a euforia econômica dominava o mercado Norte Americano, milhares de pessoas passaram a investir em ações de empresas, no entanto ao encararem a crise de superprodução as ações dessas empresas passam a cair dia após dia. Quando em agosto de 1929 a quebra da bolsa acontece, e na “Quinta Feira Negra”, o dia que essas ações atingiram os mais baixos valores. Enquanto milhares de investidores tentam vender suas ações, ninguém as compra por terem noção da crise que se abateu sobre o mercado.



Nesses dias os números de suicídios acompanharam a crise, crescendo entre aqueles que em um dia estavam ricos e no outro nada mais possuíam. Donos de bancos que emprestavam dinheiro e encararam a falência, empresários e operários que não possuíam mais seus empregos. A economia Norte Americana travou.

O mundo observava atônito toda àquela crise que atingiam cada país que mantinha laços econômicos com a Bolsa Norte Americana. Todos os países que exportavam produtos para os Estados Unidos passaram a sofrer com seus estoques abarrotados já que os americanos estavam importando menos. Com isso o mundo encara um momento de crise sistêmica e diversas propostas surgem para salvar o sistema.



A Grande Depressão segue em decorrência da Queda da Bolsa. Todo o efeito negativo que se cria na economia mundial é devido à avaria da bolsa de Nova York. A década de 1930 se iniciaria em grande conturbação devido a Depressão econômica e a crise sistêmica pela qual passa o capitalismo.


NEW DEAL E UMA NOVA GUERRA

Nos Estados Unidos da América em 1933 o Presidente Roosevelt é eleito e implementa um Plano chamado New Deal, que buscava restabelecer o mercado através da fiscalização do Estado aos empresários e à especulação na bolsa de valores. 


Dentre as medidas tomadas estava a ampliação das obras públicas, visando o aumento das vagas de emprego, a criação de empresas estatais, o restabelecimento das indústrias que passam a produzir para suprir as obras de estradas, canais, portos, escolas, moradias e canais de irrigação.

Entre tantas medidas, o governo de Roosevelt promove leis de proteção aos trabalhadores e desempregados, onde esses detivessem a mínima oportunidade de participação no mercado. Roosevelt faz a roda econômica voltar a girar, promovendo emprego e dinheiro para o mercado.

O programa do New Deal teve sua parcela de sucesso, no entanto, a Grande Depressão só iria conhecer os seus dias finais com o início da Segunda Guerra Mundial. É uma nova guerra que trará de volta os dias de ouro à economia Norte Americana, quando o Estado passa a deter o poder de fato sobre a economia promovendo grandes exportações para suprir a guerra.

Em 1939 a Política de Agressão da Alemanha, liderada por Hitler chegaria ao seu auge na invasão à Polônia, o que deu início à Segunda Guerra Mundial.




Referências: https://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/

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