PINDORAMA E SEUS HABITANTES - HUMANIDADES EM FOCO !

Latest

quarta-feira

PINDORAMA E SEUS HABITANTES

OS ÍNDIOS DO BRASIL

Segundo alguns especialistas, no século XVI haviam entre 1 milhão até 8,5 milhões de indígenas antes da chegada dos europeus, dividindo-se em mais de 1000 povos, com crenças e costumes e formas de organizações diferentes entre si. Eles falavam mais de 1300 línguas distintas, a maioria das quais agrupadas em dois troncos principais, o tupi e o macro-jê.

Entre os principais povos Tupi encontravam-se os Guarani, os Tupinambá, os Tabajara, os Carijós os Tamoios. Eles ocupavam praticamente toda a atual costa brasileira, desde o Ceara até o Rio Grande do Sul. Os Tupis chamavam o território em que viviam de Pindorama, que quer dizer ‘terra das palmeiras’. 



Hoje, vivem no Brasil cerca de duzentos povos indígenas, cada qual com seus hábitos e costumes próprios. De acordo com o censo de 2010, os indígenas somam quase 897 mil indivíduos, ou seja, 0,47% da população brasileira.

UMA ALDEIA TUPI

Os povos Tupi viviam em pequenas aldeias, que, até onde se sabe, seguiam um modelo comum de organização de quatro a sete malocas distribuídas em um grande circulo. Feitas de madeira e cobertas por folhas de palmeira, as malocas eram grandes habitações coletivas sem divisões internas, que abrigavam de trinta a cem pessoas cada.

Na parte central do circulo formado pelas malocas havia um terreiro conhecido como ocara. Era o espaço principal da aldeia, pois nele aconteciam as cerimonias religiosas, festas e rituais. Também eram realizadas ali reuniões nas quais discutiam questões do interesse da comunidade.


A pessoa mais respeitada da aldeia era o pajé, que desempenhava as funções de médico e sacerdote. O líder da tribo Tupi era chamado de morubixaba. Seu papel era servir de conselheiro, intermediando as relações entre as pessoas para evitar conflitos.

A base material sobre a qual se apoiavam as sociedade indígenas em geral, antes da chegada dos portugueses, era a apropriação coletiva da natureza. Tudo pertencia a todos, não existia a figura da propriedade privada, o que imprimiu nas comunidade indígenas um caráter altamente igualitário.

A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO

A divisão do trabalho era feita de acordo com o sexo e idade. Geralmente atividades como derrubar árvores, caçar, pescar, prepara a terra para o platino, construir maloca, armas e canoas ficavam a cargo dos homens.

Além de cozinhar as mulheres cuidavam das crianças, da coleta de frutos, da plantação, da colheita e da fabricação de utensílios domésticos. Os vens assim produzidos pertenciam a toda comunidade, e não a uma pessoa apenas. Como a metalurgia era desconhecida as armas e objetos eram feitos de pedra, osso, madeira ou barro.


A mandioca, um dos alimentos mais importantes, tornou-se comestível graças ao fato de os indígenas terem descoberto como extrair seu veneno. A mandioca era transformada em farinha seca, tapioca, beiju e outras iguarias. Quando o solo se esgotava, o grupo que ocupava a região abandonava sua aldeia e se estabelecia em outro lugar.

COSTUMES INDIGENAS

Muitas aldeias estabeleciam alianças vizinhas, por meio de casamentos ou de acordos informais. Mas nem sempre imperavam relações amistosas entre as aldeias. Não era raras as guerras entre elas. Uma das consequências desses conflitos era a captura de inimigos e a realização de rituais antropofágicos, nos quais prisioneiros eram devorados por seus captores.



No século XVI muitos europeus viram na antropofagia dos indígenas americanos um sinal de barbarismo e passaram a julgar as populações do continente com incapazes de se autogovernar. Esse foi um dos argumentos usados para justificar a colonização da América.

Nenhum comentário:

Postar um comentário