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GOVERNO CONSTITUCIONAL DE DEODORO DA FONSECA











Ficou definido que o primeiro presidente da República seria eleito de forma indireta e, no dia 25 de fevereiro de 1891, um dia após a promulgação da Constituição, o Congresso elegeu Deodoro da Fonseca para a presidência e Floriano para a vice-presidência da República. 

Em seu governo percebe-se uma tensão cada vez mais crescente entre Deodoro da Fonseca e parlamentares, em especial os fazendeiros do café. 

Deodoro da Fonseca reagiu às insinuações de favorecimentos políticos e nepotismo, lançadas pelo Congresso, dissolvendo-o no dia 3 de novembro de 1891. Houve protestos no Rio de Janeiro, e o almirante Custódio de Melo decidiu liderar um levante da marinha contra o presidente. 

No dia 23 de novembro, navios dominados pelos rebeldes apontaram canhões para o Rio de Janeiro e os revoltosos exigiram a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca. Este levante ficou conhecido como a Primeira Revolta da Armada. O presidente renunciou naquele mesmo dia. Com sua renúncia, assumiu a Presidência o marechal Floriano Peixoto.

Ora, como Deodoro não havia cumprido metade do mandato, muitos afirmavam que Floriano Peixoto deveria convocar novas eleições, o que não aconteceu, pois o vice assumiu afirmando que iria terminar o mandato de Deodoro da Fonseca. 

Em fevereiro de 1893, os federalistas iniciaram o conflito contra os republicanos “castilhistas”, que, por sua vez, contaram com o apoio do Presidente. 

O conflito, iniciado no Rio Grande do Sul, avançou pelos estados vizinhos e ganhou nova conotação quando, em setembro de 1893, eclodiu, no Rio de Janeiro, a Segunda Revolta da Armada. Oficiais da Marinha, tendo à frente o almirante Saldanha da Gama, dirigiram os canhões dos navios para a cidade do Rio de Janeiro e exigiram a renúncia de Floriano. Este, ao contrário de Deodoro, reagiu. 

Floriano Peixoto ficou conhecido como o "marechal de ferro" por sua insistência em permanecer na Presidência da república em meio à onda de contestações. Caminhando para o fim do mandato, foram convocadas eleições e o governo foi passado para as mãos dos civis ao vencer as eleições Prudente de Morais. 


Rupturas e continuidades na República Velha

A proclamação da República no Brasil não significou a redução do poder das oligarquias nem a constituição de uma democracia . Assim, se houve rupturas como a criação do Estado laico, o presidencialismo, o federalismo e a divisão do poder em Executivo, Legislativo e Judiciário, no plano do exercício do poder, pode-se falar em continuidade do mando nas mãos das oligarquias brasileiras. 

Em cada estado, as classes dominantes procuraram articulações para preservação do poder político, mantendo-se hegemônicas. Seguiu-se uma disputa em cada uma das unidades da federação, como foi o caso de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. 


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